Introdução

Diante da expectativa de um cenário com a taxa Selic elevada por um período mais longo, muitos investidores buscam orientações sobre onde alocar recursos em fundos imobiliários. Com a perspectiva de um ano melhor para o segmento em 2025, especialistas destacam oportunidades em diferentes setores, considerando variáveis como inflação, taxa de juros e demanda por espaços comerciais.

Investimento em Fundos Imobiliários

O índice IFIX, que acompanha o desempenho médio dos fundos imobiliários listados na bolsa brasileira, inicia o ano com ganhos após um período desafiador. Especialistas acreditam que a pior fase para a classe já passou e projetam um cenário positivo, com oportunidades em todos os setores, atualmente negociados com descontos atrativos.

Para Marx Gonçalves, da XP, os fundos imobiliários de recebíveis imobiliários são os mais atrativos no momento. Com descontos médios em relação ao valor patrimonial e potencial aumento na distribuição de dividendos diante do cenário de taxas elevadas, esses fundos se destacam no atual contexto.

A equipe da XP projeta uma inflação de 6% em 2025 e uma taxa de juros de 15,5% até meados de 2026, fatores que impactam positivamente os fundos de recebíveis imobiliários.

Segmentos em Destaque

No cenário dos fundos de “tijolo”, o segmento de galpões logísticos é ressaltado, com demanda consistente e potencial de valorização. Mesmo em um bom momento, esses fundos são negociados com descontos, indicando possibilidade de ganhos futuros.

Por outro lado, Gonçalves alerta para questões como possíveis reduções na demanda e riscos de inadimplência devido ao ciclo de alta da taxa de juros. Além disso, ressalta a grande oferta de empreendimentos em construção nas proximidades de São Paulo, exigindo atenção dos investidores.

Conclusão

Diante do panorama econômico atual, investir em fundos imobiliários requer análise cuidadosa e consideração dos diferentes setores. Fundos de recebíveis imobiliários e galpões logísticos apresentam oportunidades interessantes, enquanto fundos de lajes corporativas e shoppings enfrentam desafios específicos.

É essencial avaliar o cenário macroeconômico, a evolução da Selic e da inflação, bem como os riscos e potenciais de cada segmento para tomar decisões de investimento embasadas e alinhadas com os objetivos do investidor.